A artrodese é uma cirurgia onde são utilizados parafusos, hastes e espaçadores com objetivo de fixar as vértebras, como nas cirurgias convencionais. A grande diferença, porém, é que estes implantes são colocados através de sistemas especiais de acesso cirúrgico minimamente invasivo, que dispensam os cortes grandes e o descolamento muscular realizados nas costas, trocando-os por cortes pequenos, com 2 a 5 centímetros.
Mais importante que o aspecto estético dos cortes é o fato da musculatura também ser menos lesionada, pois esses sistemas de acesso permitem que se chegue à coluna por caminhos naturais, existentes entre os músculos, não sendo necessário que se corte ou descole nenhum músculo além do estritamente necessário. Isso resulta em menos sangramento, menos dor pós-operatória, menos fibrose, menor estadia hospitalar, retorno mais rápido às atividades e maior preservação do funcionamento da musculatura. Tudo isso sem perder a confiabilidade de resultados da artrodese convencional.
Como este procedimento é executado?
A fixação pedicular percutânea é realizada sob anestesia geral, o que significa que o paciente está inconsciente.
Primeiro, o cirurgião faz pequenas incisões nas costas do paciente em ambos os lados da coluna vertebral. Em seguida, o cirurgião insere parafusos guiados por uma técnica de raios-X chamada fluoroscopia ou um sistema de navegação intra-operatório que se baseia em imagens de raios-X ou tomografia computadorizada (TC). A nova tecnologia agora oferece assistência robótica para melhorar a precisão. Finalmente, as hastes são inseridas em locais especiais nas cabeças dos parafusos e travadas no lugar. Os instrumentos cirúrgicos são então removidos e as incisões fechadas com uma ou duas suturas.
Cirurgias minimamente invasivas são realizadas por menores incisões e descolamentos musculares do que cirurgias convencionais. Geralmente são realizadas com recursos tecnológicos como microscopia, câmeras de vídeo, afastadores e implantes especiais. As principais vantagens de cirurgias minimamente invasivas (quando comparadas a técnicas convencionais) são: menor tempo de internação hospitalar, menor dor no pós operatório, menor taxa de infecção cirúrgica e retorno mais rápido às atividades cotidianas.
Nessa seção, você encontrará conceitos básicos de tratamentos minimamente invasivos de coluna, explicados de forma simples e descomplicada.
Cirurgias minimamente invasivas são alternativas às operações convencionais de coluna. Ambas, entretanto, têm a mesma finalidade e as mesmas indicações médicas. Atualmente, a grande maioria dos problemas de coluna podem ser resolvidos de forma menos invasiva.
Características das cirurgias menos invasivas da coluna:
As cirurgias menos invasivas se desenvolveram junto com avanço tenológico, que proporciona maior segurança às cirurgias de coluna.
Na literatura médica, há diversos estudos que compararam cirurgias tradicionais a técnicas minimamente invasivas da coluna. Diversas são as vantagens a favor das cirurgias com menor invasão, dentre elas:
Cirurgias endoscópicas são realizadas com uso de câmera de vídeo. Esse tipo de cirurgia é rotina em especialidades como cirurgia geral e ortopedia do joelho e do ombro. Entretanto, na coluna vertebral, seu uso é mais recente. A principal indicação para endoscopia de coluna é hérna de disco lombar, embora possa ser utilizada para alguns tipos de hérnia de disco cervical ou estenose de canal lombar. Endoscopia de coluna é método menos invasivo com incisão menor que procedimentos convencionais. Dessa forma, endoscopia de coluna é alternativa à microcirurgia para hérnia de disco, considerada como padrão-ouro (técnica padrão que serve de comparação às demais). A literatura médica aponta que os resultados de cirurgias microscópicas e endoscópicas para hérnia de disco são semelhantes.
Imagem de endoscópios para cirurgia de coluna.
As técnicas endoscópicas mais utilizadas para hérnia de disco lombar são:
Abordagem interlaminar: Considera-se vantagem da via endoscópica interlaminar, o fato de que a visão anatômica da coluna é semelhante à microcirúrgica.
Abordagem transforaminal: preferencialmente utilizada entre os níveis L1 a L5. Essa abordagem tem como vantagem não necessitar ressecção do ligamento amarelo e invasão do canal vertebral.
Cirurgias de coluna são seguras e previsíveis. Apesar do tratamento não cirúrgico ser predominante para problemas de coluna, existem situações em que cirurgias são necessárias, pode serem mais eficazes que tratamentos conservadores. Exemplos comuns são hérnia de disco acompanhadas de fraqueza muscular (déficit neurológico), deformidades progressivas na coluna (como escoliose), além de traumas e tumores com instabilidade mecânica. Nesses casos, insistir no tratamento conservador pode colocar em risco as funções neurológicas da coluna.
Atualmente, existem técnicas cirúrgicas avançadas, seguras e pouco agressivas para cada tipo de problema vertebral.
Artrodese é termo ortopédico que significa fusão de articulação, podendo ser realizada em qualquer parte do corpo, como mão, pé, tornozelo ou joelho. Na coluna vertebral, trata-se de cirurgia frequente, indicada para tratamento de espondilolistese, deformidades vertebrais, fraturas, tumores e outros.
O que é artrodese da coluna?
Artrodese significa fusão cirúrgica de duas ou mais vértebras da coluna.
Por que fazer artrodese da coluna?
As principais funções de artrodese na coluna são: estabilização mecânica (por diversas causas), correção de deformidades e controle da dor.
Quando artrodese é indicada?
As indicações mais frequentes de artrodese da coluna são:
É necessário uso de implantes para artrodese?
Não obrigatoriamente, embora a maioria das técnicas modernas seja realizada com uso de implantes metálicos. Uma das principais vantagens do uso de implantes é dispensar imobilização externa após o procedimento.
Para que serve enxerto ósseo na coluna?
Enxerto ósseo é importante por servir como “ponte” de conexão entre as vértebras operadas. Há diversos tipos de enxerto ósseo para uso na coluna. Os mais comuns são do próprio paciente, enxerto sintético e de banco de doadores (cadavérico).
Quais benefícios de fazer artrodese da coluna?
Os principais benefícios de artrodese da coluna são: melhora da dor, correção de deformidades e estabilização de doenças que cursam com instabilidade mecânica como trauma, tumores e infecção vertebral.
Quais riscos de fazer artrodese da coluna?
Complicações são pouco frequentes após artrodese de coluna. Os principais riscos são infecção (1-3%) e não-união entre as vértebras operadas (até 5%). Alguns fatores de risco para essas complicações podem ser controlados antes da cirurgia como: cessar tabagismo, controlar níveis de glicemia e otimizar nutrição. Complicações neurológicas são consideradas raras.
Artrodese por região da coluna
Radiografia de artrodese cervical anterior.
Artrodese lombar: principais tipos
Indicada principalmente em casos de instabilidade mecânica como escorregamento vertebral (espondilolistese). Existem diversos tipos de artrodese lombar, sendo que o nome da técnica deriva da via de acesso cirúrgica (pelas costas, pela lateral do tronco ou pelo abdome). Dessa forma, são exemplos de artrodese lombar: técnica póstero-lateral, TLIF, OLIF, LLIF ou ALIF. As indicações de cada técnica variam de acordo com o caso.
-Existe opção de artrodese minimamente invasiva?
Sim. Existem alternativas menos invasivas de artrodese, feitas com menor manipulação muscular e, consequentemente, recuperação mais rápida que cirurgias convencionais.
-Como é o pós-operatório de artrodese?
O manejo pós-operatório depende da extensão do problema e da cirurgia, do diagnóstico e do número de vértebras acometidas. De maneira geral, não há necessidade de repouso após o procedimento. Pode haver algum desconforto no local da cirurgia, em particular, nas primeiras 3 a 4 semanas, que pode ser controlado com medicações analgésicas.
-É necessário retirar os parafusos da coluna?
Não há necessidade de retirada rotineira de implantes da coluna.
-Quem fez artrodese pode fazer esportes?
Nas primeiras semanas após a cirurgia deve-se evitar carregar peso ou fazer esforços excessivos. Esportes são liberados à medida que ocorre cicatrização óssea (fusão). Ao final do processo de consolidação óssea não há restrição de movimentos.
Cirurgia na coluna serve para solucionar problemas de vértebras (osso), discos (cartilagem) ou de nervos. As cirurgias podem ser na região cervical (pescoço), dorsal (meio das costas) ou lombar (parte mais baixa da coluna).
Quais os principais motivos para cirurgias na coluna?
Os motivos mais frequentes de cirurgias na coluna são:
O que são cirurgias minimamente invasivas da coluna?
Tratam-se de alternativas às cirurgias convencionais, realizadas por meio de acessos cirúrgicos menores e menos agressivos. Geralmente são feitas com ampliação de imagens por microscópio ou câmera de vídeo. As principais vantagens de cirurgias minimamente invasivas são: menor desconforto após o procedimento, menor tempo de internação hospitalar, menor risco de infecção cirúrgica e recuperação mais rápida do que cirurgias convencionais.
Cirurgia na coluna é seguro?
Sim. A evolução das técnicas cirúrgicas e dos equipamentos de imagem, assim como a possibilidade de monitorização da atividade neurológica durante a cirurgia, trouxeram mais segurança aos procedimentos cirúrgicos na coluna. Dessa forma, cirurgias na coluna são consideradas seguras e previsíveis.
Cirurgia na coluna dói?
Cirurgias na coluna são realizada sob anestesia geral, não havendo dor durante o procedimento. A recuperação cirúrgica não costuma ser dolorosa, podendo ser bem controlada com medicações analgésicas.
Quais os benefícios de operar a coluna?
Os benefícios dependem do tipo e da indicação de cirurgia. Dessa forma, pode haver melhora da dor irradiada para os braços ou pernas, da disfunção neurológica, correção de deformidade vertebral e estabilização mecânica.
Quais os riscos de operar a coluna?
Qualquer cirurgia possui riscos. Embora pouco frequentes, na coluna pode-se citar formação de hematoma, infecção e piora neurológica.
Anestesia para cirurgia de coluna precisa ser geral? Por que?
Não obrigatoriamente, embora seja preferida na maioria dos casos. A explicação está no fato que cirurgias de coluna são delicadas e eventuais movimentações dos pacientes durante o ato operatório poderiam atrapalhar o procedimento. Na anestesia geral, o paciente dorme durante todo procedimento.
O que é descompressão de nervos na coluna?
Descompressão de nervos, tem por finalidade aliviar eventual pressão externa na medula espinhal ou nas raízes nervosas. Os principais sintomas de compressão nervosa são: dor irradiada para braços ou pernas, formigamento, choque e perda de força.
Para que serve artrodese da coluna?
Artrodese na coluna serve para imobilizar ou fundir definitivamente duas ou mais vértebras. Suas principais indicações são: espondilolistese (escorregamento vertebral), trauma, deformidades ou tumores vertebrais. A maioria das artrodeses de coluna são realizadas com auxílio de implantes metálicos e enxerto ósseo.
É necessário retirar parafusos (ou outros implantes metálicos) da coluna?
Não há necessidade de retirada rotineira dos implantes metálicos da coluna.
Quanto tempo ficarei internado após operar a coluna?
O tempo de internação depende do tipo de cirurgia e das condições clínicas prévias do paciente. Indivíduos hígidos submetidos a cirurgia de hérnia de disco ou estenose de canal lombar ficam 1 dia internados, enquanto pacientes submetidos a correção de escoliose podem permanecer 4 ou 5 dias no hospital.
É permitido dormir de costas após operar a coluna?
Sim, é permitido dormir na posição de sua preferência após cirurgia na coluna.
Precisa fazer fisioterapia após cirurgia de coluna?
Dependendo do motivo da cirurgia, fisioterapia pode ser necessária para acelerar a reabilitação e dar mais segurança e desenvoltura ao paciente operado. Além disso, indivíduos com compressão grave de nervos também se beneficiam de fisioterapia pós-operatória para recuperação precoce das funções neurológicas
Tempo médio de duração de cirurgias de coluna e de internação hospitalar:
*O tempo cirúrgico e de internação podem variar de acordo com cada equipe médica
Esses tratamentos são adaptados individualmente para cada paciente, levando em consideração o quadro clínico e o estilo de vida, garantindo assim a melhor abordagem para a recuperação e a qualidade de vida.
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